9.7.09

sem sono sem fome

SEM SONO, SEM FOME, SEM CULPA — E SEM DOR.

Sem ciúmes, sem pressa, sem apego e sem pressões. Sem expectativas, sem promessas, sem cobranças, sem vergonha — e sensível. Sem medo e sem controle, sem ódio e sem juízo. Sentindo-me íntimo da transitoriedade. Buscando o equilíbrio no instável, no insólito, no incerto. Amado com delícia e liberdade, e amando com grandeza e ousadia.

Passageiro numa bela viagem sem destino, percorrendo caminhos ainda não trilhados. Ficando cada vez mais contente, encantado e fascinado com os novos horizontes que se abrem. Adorando as surpresas todas no momento em que acontecem, e vivendo a primavera em qualquer das estações.

Quebrando barreiras, de modo irreversível.

Ultrapassando limites.

Buscando (e encontrando!) a essência de cada coisa nela mesma. Compreendendo as razões também daqueles que não conseguem me compreender. Podendo até ser julgado por minhas atitudes desprendidas e por meu comportamento fora de padrão. Podendo ser julgado, mas condenado — jamais. Vivendo o mais profundo, o mais criativo, o mais sensual, o mais inocente e o mais sagrado período da minha vida.
Sugando a doçura de todas as coisas... Vivendo as maiores e melhores paixões da minha vida, e vibrando com tudo que me toca. Sentindo-me a cada momento como se Deus me cobrisse de beijos, flores e estrelas. Dançando nas minhas próprias e nas tuas emoções.

Inundado de carinho e gratidão.

Com a cabeça nas nuvens — e o coração no infinito.

Portanto, o que mais posso eu querer da vida, além de amores breves e brilhantes, crepúsculos cor de abóbora na praia que eu prefiro, óleo de amêndoas doces, dúzias de rosas brancas e vermelhas, duas ou três taças de vinho transbordantes, muita liberdade, alegria, saúde, poesia, gostosura... e tempo livre para viver tudo isso?


O que mais posso eu querer da vida?!