6.3.16

tarde de domingo

Eu quero mesmo é retirar o vermelho de uma rosa de Amsterdam — e pintar com ele as minhas tardes de domingo. Eu quero retirar um pouquinho do azul que me trazem os olhos lindos desse meu mais recente amor eterno, e depois tingir com esse tanto as minhas noites de luar. Eu quero só o lado lúdico das coisas. E o lado lúbrico dos dias. Se são úteis, não quero nunca aproveitar-me dessa santa utilidade. No fundo, agora, eu só quero mesmo é Vida — nada mais.
Nada menos.