12.10.15

criancas

Adoro crianças! Tenho verdadeira paixão por elas, e parece que tal sentimento é recíproco. Trato-as com profundo respeito, e sempre ensino-lhes coisas novas. Até chego a dar-lhes algumas dicas sobre como enganar os papais autoritários e as mamães superprotetoras. Minha relação com as crianças — todas as crianças que não sejam birrentas — é fundada na compreensão, no ensino gostoso da lógica, no deslinde dos mistérios, na cumplicidade, na alegria de buscar coisas novas e na quebra de tabus. E na tabuada. E no chute às normas castradoras. Todas as crianças eu as trato como grandes artistas, gênios indomáveis, pequeninos deuses. Por isso elas também me respeitam e me adoram.

Como já disse, adoro crianças — mas não preciso ter uma exclusiva, aqui na minha casa o tempo todo. Não tenho esse sentimento de posse. Não tenho essa necessidade. E não sou pedagogo. Prefiro amá-las a produzi-las. Não quero ter a responsabilidade de fazê-las.

Alguém as faz por mim.