19.7.15

lissa

Ontem à noite eu vi uma Deusa vestida de preto e açúcar. Ela tinha acabado de descer do céu, sozinha, numa carruagem de fogo da General Motors. Estávamos na mitológica balsa Santos-Guarujá. Dei-lhe o meu livro Solidão a Mil. Ela folheou algumas páginas, sorrindo, e agradeceu com o olhar mais impressionante que já vi em toda minha vida. Peguei a sua mão só por dois ou três minutos, mas o beijo que me deu durou um século. Nem perguntei o nome dela. Talvez nunca mais eu a veja de novo, mas vou para sempre chamá-la de... Paula.

A vida acontece quando os encontros se dão no mesmo sentido.