17.3.15

edson kerouac

Eu não me encanto com quem se diz normal. Acabo confiando mais nos loucos, esses que são loucos pra viver e pra dançar, para amar ou escrever. Loucos para serem salvos ou perdidos — tanto faz. São loucos por metáforas. Livres, fascinantes, criativos, desgovernados, querem tudo e querem nada ao mesmo tempo. Esses loucos explodem de alegria, e nunca desanimam nem dizem coisas tediosas. São loucos que nos excitam, nos elevam, inspiram, e queimam como velas coloridas fabulosas acesas por relâmpagos em meio a flores e estrelas. São passageiros, como eu, como você. Duram pouco, como Jack Kerouac... Mas brilham — e isso faz toda a diferença.

Texto que escrevi hoje cedo, ao lado dos pezinhos de lírio, dos pássaros cantando e do amor da minha Mãe. Tomando o café que fiz com água benta, inspirado no Sermão da Montanha e no louco Jack Kerouac. A propósito: não deixe de ver o filme On The Road. E pegue a estrada...