16.12.14

suzana em juquei

Lembro-me daquela noite enluarada e deslumbrante em Juqueí, no hotel, nós dois, quase foragidos, deitados no quarto com vista para o mar, as janelas abertas, o vento prateando cortinas e descobrindo nossa inocente nudez, e eu, quase sem voz, dizendo-te em pensamento:

Agora, Suzana, agora que sinto teus mamilos espetando com açúcar minha trêmula língua, a ponta indecisa dos seios pequeninos tocando-me os lábios vermelhos de alegria; agora, que minha mão esquerda remexe teus cabelos negros e acaricia tua orelha; agora, quando ouço teus suspiros amorosos nascendo do espírito santo — e vivendo por tesão entusiasmada; agora que minha doce mão direita alcança de leve o teu clitóris e vasculha teus pelinhos e arrepios; Agora, quando sinto tuas unhas delicadas me riscando as costas de amor e gostosura; agora, que estou envolvido por duas atmosferas de escândalos; agora — justamente agora, Suzana, como poderia eu esquecer-me de Deus?


Como?