5.7.14

meu Pai

Lembro agora do meu Pai. Ele era o símbolo da autoridade, e eu — da rebeldia. Nenhum de nós dois gostava de repartir a liderança. Eu não nasci pra ser segundo, e ele abominava a ideia de não ser o primeiro. Então, quando fiz dezessete nos separamos: eu vim estudar filosofia, e ele continuou um comerciante de sucesso. Foi então, quando crescemos, que começamos realmente a conversar. Depois, com o tempo, nos tornamos amigos. Hoje, somos amantes.

No livro Solidão a Mil escrevi sobre ele. Homenagem que atualizo aqui.