11.3.14

nao penso que te possuo

Não penso que te possuo — nem quero te pertencer. Não importa se isso dure, nem é preciso que se acabe. Não sei se será sempre tão bom assim, e nem busco certezas eternas. Mas, como as delícias do agora me encantam — e bastam — até posso dizer que já estou começando a te amar. Por isso eu me entrego como um ponto de luz nos teus olhos de mar e um toque sutil na tua pele de Amor. Pois eu só te quero como um risco delicado, um perigo iminente, transitória gostosura — nada mais. Eu não te quero compromisso: eu te quero dança. Te quero paixão e alegria. Sem excesso de presença e sem sufoco da esperança. Desse modo, nem meu mundo termina aqui, nem você será prisioneira de mim. Afinal, somos livres um do outro — para sempre.