12.1.14

escritor

Como escritor, devo manter a liberdade de criação. E essa liberdade é sacratíssima, em todos os sentidos. Que poeta eu seria se uma ideia me viesse à cabeça e ao coração e eu tivesse que escondê-la (ou sufocá-la) só porque poderia, talvez, ferir suscetibilidades de algumas pessoas? Que poeta eu seria se condicionasse minha inspiração aos preconceitos, crenças ou visões do mundo de outras pessoas? Já pensou se eu não pudesse defender o amor livre porque muita gente é contra? Se eu não pudesse falar do Buda porque o cristão é contra? Se eu não pudesse amar Jesus porque os judeus o negam? Se eu não pudesse escrever sobre Zeus só porque ele é um Deus que nasceu antes de Jesus, ou de Alá, ou Maomé? Se eu não pudesse amar a rosa ou a margarida só porque o lírio as quer todas para si? Seria muito difícil viver assim... Pautar nossa vida exclusivamente pelas opiniões alheias deve ser um horror! Por isso, eu me exponho inteiro no balcão das alegrias. Eu abro as minhas entranhas sem medo de mostrar os meus avessos... Escancaro meu coração porque creio na Vida!