10.12.13

dois poemas de amor

Nos últimos dois anos morreram dois irmãos meus. E para cada um deles eu escrevi um poema de amor. Entretanto, os demais, os sobreviventes, não se dispuseram a comentar a respeito. Simplesmente ignoraram aquilo que escrevi. Suponho que, do alto da sua experiência de vida, eles talvez tenham julgado que aquelas palavras que juntei, embora nascidas no fundo do meu próprio coração, não sejam suficientemente boas. Nota zero — devem me ter dado. Talvez continuem achando que os meus poemas realmente não prestam. Mesmo assim, deixo aqui minha solene promessa: para cada um deles que agora for morrendo, eu escreverei um poema de amor. Um intenso, sincero e profundo poema de amor... Só não prometo chorar.

Eis os poemas que fiz para o Paulo, em dezembro 2011, e para o Beto, em dezembro 2012.
Aguardem o próximo.