9.1.13

linus pauling

Quando eu era pequenininho — e muito menos inocente do que sou agora — eu às vezes mentia que estava com dor de garganta só para que meu pai me levasse à farmácia Nossa Senhora de Lourdes, onde o farmacêutico, o simpático Pedro Pinto, me dava algumas pastilhas deliciosas de Pondicilina. Eu adorava. Uns dez anos depois, esse mesmo farmacêutico viria a ser meu professor de Química. E foi ele que me apresentou Linus Pauling, um químico quântico que ganhou Nobel antes mesmo de eu ter nascido, e que era defensor do uso exagerado de vitamina C. Enquanto quase todos ironizavam essa tese, dizendo que o excesso é simplesmente expelido, eu levantei a hipótese do seu efeito catalisador no metabolismo humano. Pois bem: nesta manhã, estou aqui, tomando café quântico, ouvindo azulões maravilhosos que bicam a banana quase verde que lhes dei — e estudando algo mais sobre esse gênio da Química chamado Linus Pauling. Isso me leva a crer que o Acaso também pode ser quântico.