16.9.12

tardes de domingo

Eu quero mesmo é retirar o vermelho de uma rosa de Amsterdam — e pintar com ele as minhas tardes de domingo. Eu quero é retirar um pouquinho do azul que me trazem os olhos de Fernanda, e tingir com esse tanto as minhas noites de luar. Eu só quero o lado lúdico da coisa. E o lado lúbrico dos dias. Se são úteis, não quero me aproveitar nunca dessa santa utilidade. No fundo, aqui e agora, eu só quero vida — nada mais. Nada menos.