28.9.12

eu e o vento

Aprendi a voar vários tipos de voos, para toda ocasião. Depois que tomei o verdadeiro gosto pela coisa, logo na minha primeira infância, rastejar se tornou impossível. Voo muito, mas pouso às vezes, também — é claro. E tenho o poder de pousar onde quero, desde que o lugar, ele mesmo, não se esquive. A hora do pouso e quanto vai durar — sou eu quem decide. Se fosse diferente, nada mais faria sentido na minha vida. Aliás, nunca perderei a capacidade de levantar voo, na direção que quiser, e pelo tempo que pretender. Sou eu que determino as condições do meu voo. Não abro mão dessa prerrogativa. Meu contrato é com o vento. Só. Informal.