26.5.12

roubei uma calcinha

Certa vez eu roubei uma calcinha. Shopping Ibirapuera, 1998. Eu estava perambulando logo após ter escolhido duas garrafas de Mateus branco. Ao passar pela seção de lingerie, meus corações pousaram no corpo insinuoso de uma gata desenhada por Da Vinci. Quando levantei os meus olhos e encontrei os dela, sorridentes, eu lhe disse que gostaria muito de vê-la com aquela calcinha rosa tão linda, que está ali, penduradinha. Ela então me respondeu que faria isso apenas se eu roubasse a calcinha. Roubei. Vi. Adorei. Tomamos as duas garrafas. E a relação durou seis maravilhosos meses. Eu acho que Deus criou o acaso exatamente para que essas coisas aconteçam.