17.5.12

meu verbo

Minha palavra não tem limites: nem mesmo as regras da gramática me impedem de dizer as verdades que eu questiono. Não há juízo de valor no meu peito enluarado, não há teias de aranha nos meus braços estendidos. Hoje as minhas mãos sonharam — e os meus corações também. Estas coisas que agora digo são feitas de sonho e óleo de amêndoas. Eu me escrevo como se me lesse, delicante, entre flores e ternuras. Sou o feitor absoluto das palavras que me criam e do modo como são lidas. Porém, as melhores leituras que de mim se fazem são as dos teus olhos brilhantes quando me (des) cobrem de amor.