2.6.11

viva


Quase todas as verdades são relativas.

Existe hoje na internet uma "cultura do pps": muitos repassam para seus contatos aquilo que julgam importante ou interessante. Mas parece que nem todos se preocupam se o que repassam é também VERDADEIRO! Suponho que ninguém, em sã consciência, repassaria uma falsa informação aos seus amigos e contatos. Mas acontece. Por descuido, aconteceu comigo: Repassei aos meus contatos um pps muito bonito, que julgo interessante, mas que contém uma astronômica inverdade matemática. Agi como um leigo em astronomia.

Nesse referido arquivo, chamado "Terra em velocidade" afirma-se que "você viaja a 1.675 km por hora". Isto equivale a aproximadamente 465 m/s. E é verdade. Mas é uma verdade que só vale se você estiver na zona do Equador. O astrônomo que fez os cálculos (mencionados no arquivo citado) não teve a necessária preocupação científica de fazer uma ressalva. Fui conferir — e constatei um crasso erro conceitual. E agora estou comunicando esse erro.

Caso você ainda não tenha conseguido perceber que, quanto mais longe da linha do Equador você estiver, menor será sua velocidade — depois eu explicarei melhor.

Enquanto isso, você pensa. Raciocina.

E considera o seguinte: a cidade de São Paulo está a 23,5 graus de latitude sul. Nossa velocidade, portanto, em São Paulo, é de apenas 1.535,77 km/h. Isto porque a distância de São Paulo ao eixo da Terra (raio R) é de apenas 5.869,18 km. Se você estiver, por exemplo, em Buenos Aires, será menor ainda. E assim por diante, até chegar no Polo. Isto vale também para o hemisfério Norte.


Se for de seu interesse, consulte o Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP:

E nunca repasse coisas vistas na internet ou recebidas por e-mail — sem checar as fontes e sem conferir sua validade.



Estou aproveitando este mesmo espaço do blog para discutir um pouco de Astronomia. É uma das ciências que me encantam, e eu gosto muito de estudá-la. Talvez eu ainda prepare um texto mais extenso sobre o assunto. Na parte inferior desta postagem, permanece um texto sobre controle dos estados de espírito, que escrevi em 1997.









O domínio absoluto sobre os meus estados de espírito é minha maior conquista como ser humano. Há mais de vinte anos que não perco a calma. Há mais de vinte anos que não brigo, não xingo, não me estresso, nem fico com nózinho na garganta.
Como consigo? — você pode perguntar.
É muito simples:

Dou valor secundário às coisas secundárias, e considero secundário tudo aquilo que não tem o poder de causar mudanças significativas no rumo da minha vida.
É muito simples — e é uma delícia!
Experimente.