17.5.08

janaina e adriana

Nunca houve em minha vida uma noite tão bela e perfeita quanto esta que hoje vivemos. Janaína tem lábios doces, macios, nacarados, indecisos, que já não sabem mais se só sorriem, ou me beijam mais profundos. Sussurra o que a boca em silêncio delícia não deve esconder. Dou-lhe um abraço demorado, e seus dois mamilos crescem no meu peito — rápidos, vertiginosos, pontiagudos — e os de Adriana respondem de forma igual. Livre, eu me torno um planeta dançante no meio delas, e nós três brindamos à Vida, pois algo muito mais belo que amizade sobrevoa nossas cabeças sensíveis, plenas de amor, ousadia e nudez. A alegria faz escândalo e vira tesão. Um arco-íris de lua nova penetra na sala outra vez, cadeiras são arrastadas, corpos se desesperam, as águas ficam revoltas, meu vinho vai transbordar...

Então me visto de mulheres — e não vejo mais nada.