21.1.08

casar borboletas

Quando éramos pequeninos, eu e Paritosh saíamos para casar borboletas. Com dois sanduichinhos de mortadela e pão sovado no bolso, nós íamos ao campo em Varanasi e ficávamos horas e horas correndo atrás delas e juntado-as aos pares — mentalmente. Aquela azul marinho com esta quase branca; aquela verde ali que enorme! com esta amarelinha; a outra violeta com essa toda preta; aquela vermelho-tomate com esta cor de rosa...

Então passávamos a imaginar os possíveis resultados: nasciam borboletas cor de anil, azul-celeste, outra cor de vinho, além de prata, ouro, púrpura... Até que um certo dia chegamos a criar uma com as cores dos olhos de Jesus!

E assim nós ficávamos brincando de casar borboletas...

Mas, confesso agora, algumas eram tão lindas, mas tão lindas, que nós não conseguíamos casá-las com ninguém. E por isso nós as deixávamos deliciosamente solteiras!